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Comidinha de bebê

  • Ana Carolina
  • 7 de abr. de 2016
  • 6 min de leitura

Olá mamães! Vim hoje escrever um pouco sobre como eu optei organizar a minha rotina com minha princesa para que ela tenha uma alimentação balanceada, sem que eu tenha que enlouquecer na cozinha.

Lembrando que quando se trata de maternidade, não existe o "melhor jeito". Existe o jeito certo para você e seu filho. Cada mamãe sabe das necessidades do seu bebê e das suas necessidades também, e cabe a ela administrar isso conforme sua intuição de mãe, e não seguindo o que os outros dizem, não é mesmo?

A minha bebê já está com quase nove meses, e somente agora estou conseguindo entrar na rotina da alimentação. Posteriormente escreverei sobre a introdução alimentar aqui em casa e das frustrações inerentes à introdução. Inevitável... Em especial, gente, para quem não é uma cozinheira de mão cheia. Não que eu seja um zero à esquerda na cozinha, longe disso... Mas para você oferecer alimentos adequados ao bebê, de forma balanceada, ainda mais no meu caso com toda essa questão APLV, alimentos frescos e saudáveis, é para enlouquecer qualquer mamãe!

Como em qualquer planejamento, gastei muito papel e caneta, muitas páginas web abertas, muitos arquivos em pdf baixados e lidos, até eu encontrar um jeito simples de oferecer à minha filha o essencial no almoço e jantar. Sem desperdicio. Também tenho acompanhado muitas palestras online de nutricionistas e mamães que buscam também a praticidade.

Encontrei muita coisa chique, gourmet para bebês. Achei o máximo, mas esses pratos só poderei fazer depois que aprender a cozinhar o básico mesmo, risos... Se fazer arroz e feijão está difícil, imagine só um risoto...

Então vamos lá!


PRIMEIRO PASSO: escolha dos alimentos


Para garantir a oferta de alimentos adequados e balanceados, consultei a orientação de diversos nutricionistas. É praticamente um consenso de que devemos oferecer ao bebê todos os dias um alimento de cada grupo. São eles:


1 - Cereal ou tubérculo: arroz, milho (de latinha não), macarrão, batata, aipim (mandioca/macaxeira), batata doce, batata baroa (mandioquinha), inhame.

2 - Leguminosa: feijão (carioca, preto, de corda, verde, etc), ervilha (de lata não), lentilha, grão de bico.

3 - Proteína: carne bovina e suína, frango, peixe, ovos, tofu.

4 - Folhas: alface, couve, espinafre.

5 - Legume: abóbora, beterraba, cenoura, couve flor, brócolis, chuchu, vagem, abobrinha.


Esses são apenas alguns exemplos. Outra questão importante é: seu filho tem alguma restrição alimentar? Ele pode comer tudo isso? Muitos bebês são alérgicos a ovo, arroz, milho, aveia, peixe... Cada caso é um caso!


SEGUNDO PASSO: como administrá-los?


O que é adequado para você? Você pode cozinhar todos os dias? Você trabalha fora todos os dias mas quer estar à frente da comidinha do bebê? Vai delegar essa tarefa a alguém? Para responder a essas perguntas, você deve levar em consideração se trabalha fora, se gosta de cozinhar, se perto da sua casa tem sacolão com legumes e verduras frescas com frequencia, se vai adotar o método aplv ou papinha amassadinha, se seu filho come de tudo ou não come de nada.... Enfim, analisando todos os fatores, você poderá decidir se vai congelar os alimentos, se vai cozinhar no vapor todos os dias, ou se vai fazer uma remessa de comida dia sim, dia não.

Considerando a minha possibilidade de ir ao sacolão, a minha habilidade na cozinha, o meu tempo disponível, eu decidi o meio termo entre o ideal para ela e para mim, priorizando a saúde dela, é claro.


Segurança alimentar x praticidade


Alguns legumes no vapor são fáceis de fazer todos os dias, mas não são fáceis de descascar, picar, etc, etc, etc. Sem contar que a validade de um legume picado na geladeira é de apenas dois dias. A fruta ou legume é estéril por dentro desde que a casca esteja intacta. Uma vez descascado, dá-se início à proliferação de microrganismos indesejáveis. Uma abóbora, por exemplo, se eu abrir e picar aqui em casa, em dois dias ninguém comeu nem 20%. Vai mais da metade da abóbora para o lixo. E como opção eu tenho que OU deixar de comer abóbora, OU jogar quase toda a abóbora no lixo, OU congelar.


Congelando os alimentos


Existem mil maneiras de congelar alimentos. Também vai do gosto de cada um, desde que tomando o devido cuidado inerente de cada alimento. As frutas e verduras grandes, por exemplo abóbora, melancia, melão, eu compro sempre inteiros. No momento em que abro, já pico em tamanhos adequados ao uso e congelo imediatamente. Para mim, a segurança alimentar é mais importante que a pequena quantia de vitaminas que se perde no congelamento. Existe a possibilidade de comprar metade ou um quarto da fruta em alguns lugares, mas eu não sei quem cortou, quando cortou, se o utensílio estava limpo. E como no meu caso especificamente a minha filha tem restrições alimentares por razões alérgicas, eu prefiro fazer em casa.

Então para esses alimentos eu já congelo cru, e na hora de consumir ou eu bato a fruta para fazer um suco, ou cozinho os cubinhos do legume no vapor. Fica delicioso.

Para outros alimentos o ideal é congelar já pronto, cozido. É o caso do feijão. Deixo de molho à noite para fermentar e não nos causar gases, de manhã lavo bem, cozinho e congelo imediatamente. Arroz eu faço com frequência mas deixo sempre um ou dois potinhos congelados para emergências. Para nós, uma vasilha grande serve a família toda.


Mas e a porção de comida do bebê?


A partir de um ano de idade, crianças já podem comer as mesmas refeições da família. Antes disso, a comidinha do bebê ainda não pode contar com alguns temperos. Sem contar que a textura ainda não é a mesma. O arroz é mais papa, o feijão é mais molinho, as carnes são moídas ou desfiadas. Com isso, temos que prepara-la separadamente.

Sabendo que o bebê precisa de alimentos sempre frescos e tendo pouco tempo para o preparo, optei por congelar pequeninas porções de alimentos. Vi bastante coisa legal na internet, e uma das que mais gostei foi o congelamento de pequenas porções em formas de gelo. Achei o máximo!

Tenho em casa alguns potinhos específicos para comida de bebê, mas a quantidade que cabe nele ainda é grande para uma porção individual. Comprei então algumas forminhas de gelo, com o cuidado de não conter bisfenol A (BPA), e as destinei somente à minha princesa.


Congelo tudo junto? Congelo tudo separado?


No meu caso, a minha filha nunca gostou de comida misturada. Bastava amassar e misturar que ela recusava. Quando eu dava separado, ela aceitava algumas coisas, outras não. Mas depois explico como lidei com isso na introdução alimentar.

Para agradar ao paladar dela, o feijão eu sempre congelo separado de tudo. Já o arroz, dou sempre arroz integral, cozinho com bastante água para ele ficar bem mais molinho. Mas ainda assim o arroz é seco, então ele eu misturo com o caldinho de alguma coisa. O que tenho feito e tem dado certo é colocar o frango com o caldo do cozimento no arroz. E seguindo então as recomendações explicadas no primeiro passo, optei por congelar o arroz com o frango. E para complementar, ainda fiz arroz com cenoura ralada. Ou seja, cereal, proteína e legume, respectivamente, em uma refeição. A essa porçãozinha individual que vou demonstrar como fiz, basta adicionar um feijão ou ervilhas, que também tenho congelados, e uma folhinha de alface picada beeeem miudinha (que tem todo dia aqui em casa). PRONTO! UFA! REFEIÇÃO BALANCEADA! Esse é apenas um exemplo, mas outra combinação que deve ficar uma delícia é carne bovina, arroz, feijão, vagem e purê de abóbora.


Passo a passo:


Cozinhei o frango na panela de pressão, cozinhei o arroz integral com mais água que o recomendado na panela elétrica (eu amo panela elétrica rsrsrsrs).



Coloquei o frango com um pouquinho do caldo no fundo da forminha. Em seguida completei com o arroz.



Cobri e coloquei no congelador. No dia seguinte, desenformei e joguei os cubinhos em um refratário exclusivo para o uso do bebê.



Identifiquei os ingredientes e a data da fabricação.



Prático, não?

;)


Descongelando


Não se pode descongelar os alimentos de qualquer jeito. Para evitar a proliferação de microrganismos, os alimentos devem ser descongelados na geladeira ou rapidamente na panela ou no microondas. Deixar o alimento à temperatura ambiente para descongelar não é correto. Para porções grandes de alimentos, o ideal é retirar do congelador / freezer e colocar na geladeira na noite anterior. Como as porções de bebês são pequenas, colocar na geladeira de manhã é uma opção. Outra é levar imediatamente para o microondas, no caso de alimentos já cozidos, ou levar direto ao vapor ou ao cozimento, no caso de alimentos crus. Uma vez descongelados, não podem ser descongelados novamente. É uma mão na roda, mas que deve ser feita com todo o cuidado para preservar a qualidade e a segurança alimentar.


CONCLUSÃO:


- A alimentação do bebê deve ser balanceada, contendo sempre todos os grupos (cereais, leguminosas, proteínas, verduras e legumes);

- As preferências do seu filho devem ser respeitadas, mas sempre buscando proporcionar uma alimentação rica e saudável;

- A forma de administração dos alimentos devem priorizar o saudável, estando dentro das possibilidades de cada mamãe;

- Se optar por congelar, o mesmo deve ser realizado imediatamente após cozimento ou após descascado;

- Deve-se descongelar o alimento na geladeira, no microondas ou na panela, nunca à temperatura ambiente;

- Após descongelado, não poderá ser levado ao congelador ou freezer novamente.



E vocês, mamães, como fazem? Já utilizaram forma de gelos também? Tem alguma dica valiosa para compartilhar? Conte que quero saber, para as próximas remessas que fizer para minha princesa.


=)


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